Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 3 de 3
Filter
1.
Rev. bras. reumatol ; 40(1): 29-31, jan.-fev. 2000.
Article in English | LILACS | ID: lil-308837

ABSTRACT

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) e a doença indiferenciada do conjuntivo são síndromes auto-imunes sistêmicas de etiologia complexa. Sua patogênese envolve fatores hormonais, ambientais e genéticos. Hepatite C tem sido diagnosticada com frequência crescente em pacientes com quadros de auto-imunidade. Os efeitos do interferon-alfa, antiviral usado rotineiramente na hepatite C, no sistema imunológico de pacientes com LES ou doenças correlatas tem constituído matéria de debate. Descrevem-se aqui duas pacientes com doenças auto-imunes que tiveram a doença básica melhorada após o uso de interferon-alfa para tratamento de hepatite C. A primeira paciente, 52 anos, branca, apresenta quadro de LES com artralgias, proteinúria, leucopenia, anticorpos antinucleares e anti-DNA desde 1996. Em diversas ocasiões esteve internada para corticoterapia endovenosa e imunossupressores. Na evolução, em novembro de 1996, apresentou elevação discreta de transaminases. Hepatite C foi diagnosticada através de sorologia, PCR e biópsia hepática. A terapêutica com interferon-alfa por seis meses foi altamente efetiva na hepatopatia. Concomitantemente, houve remissão clínico-laboratorial do LES. A segunda paciente, branca, 29 anos, apresenta quadro compatível com doença indiferenciada do conjuntivo desde 1990. Clinicamente, cursava com poliartralgias, neurite óptica, síndrome cerebelar, lapsos de memória recente e miopatia. Não havia marcadores sorológicos específicos de auto-imunidade. Em 1994, apresentou grande elevação de enzimas hepáticas. Hepatite C foi confirmada por PCR e biópsia hepática. O tratamento com interferon-alfa em 1995 foi eficaz na hepatite C, incluindo repetida negatividade na PCR, e também no quadro auto-imune. Em 1997 e 1999, os sintomas desmielinizantes recidivaram, mas foram responsivos a corticoterapia. A função permanece normal, com PCR negativo para HCV. Os efeitos do interferon-alfa no sistema imune são múltiplos e complexos. Em transplantados renais, seu uso na hepatite C pode causar rejeição do enxerto. Entretanto, possui, confirmadamente, ação antiproliferativa na leucose de células cabeludas e hemangiomas. De acordo com um estudo russo, o uso de interferons, principalmente se associados a ciclofosfamida, parece ser benéfico no LES. Por outro lado, outros relatos associam o interferon-alfa a induções de LES. Nas duas pacientes aqui reportadas, um potencial efeito imunosssupressor do alfa-interferon parece ter predominado


Subject(s)
Humans , Female , Middle Aged , Connective Tissue Diseases/complications , Hepatitis C , Interferon-alpha , Lupus Erythematosus, Systemic/complications
2.
Rev. bras. reumatol ; 39(4): 211-6, jul.-ago. 1999. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-270373

ABSTRACT

HTLV-I/II são oncorretrovírus associados à leucemia de células T do adulto e à mielopatia crônica progressiva. Poliartrite crônica simétrica e complexo sicca são eventualmente encontrados em casos de infecções por HTLV-I/II. Um recente estudo japonês evidenciou prevalência de 20 por cento de anticorpos anti-HTLV-I em pacientes com artrite reumatóide (AR), um achado significante comparativamente a controles de banco de sangue. Tanto quanto os autores sabem, não há estudos brasileiros a esse respeito. Objetivo: Avaliar a prevalência de anticorpos anti-HTLV-I/II em pacientes com AR, usando um ensaio enzimático (ELISA) e, quando necessário, Western blot para confirmação de positividade. Métodos: Foram estudados 69 pacientes com AR (55 mulheres e 14 homens, todos caucasóides), diagnosticados de acordo com os critérios do Colégio Americano de Reumatologia. A média de idade dos pacientes foi de 51 anos, e a duração média da doença, de 8 anos. Os soros desses pacientes foram inicialmente testados para anticorpos anti-HTLV-I/II em ELISA de segunda geração (Ortho). A positividade foi confirmada através de Western blot (Gene Labs, kit 2.4). Os grupos-controles consistiram de 1.416 doadores de banco de sangue testados por ELISA e 33 pacientes consecutivos com lúpus eritematoso sistêmico (LES), também testados em ELISA. O teste de Fisher foi utilizado para análise estatística, sendo valores de p<0,05 considerados relevantes. Resultados: Anticorpos anti-HTLV-I/II foram detectados em 5 dos 69 pacientes com AR através de ELISA (7 por cento). Destes, 4 (5,7 por cento) tiveram resultados confirmatórios para anti-HTLV-I em Western blot. Os 4 pacientes eram soropositivos para fator reumatóide, mas nenhum apresentava doença ativa. Nos doadores de sangue, 18 soros (1,27 por cento) foram positivos para anti-HTLV-I/II em ELISA (p=0,004, significativo em relação ao grupo com AR testado em ELISA). Nos pacientes com LES, nenhum caso de positividade foi encontrado em ELISA (p=0,07, insignificante em relação aos pacientes com AR). Conclusão: No estudo, a prevalência de anticorpos contra HTLV-I/II em pacientes com AR foi estatisticamente relevante quando comparada com a de doadores de sangue, mas não-significativa quando comparada com a de pacientes com LES. O papel da infecção por HTLV-I/II na AR deve ser clareado em estudos adicionais


Subject(s)
Antibodies , Arthritis, Rheumatoid , Deltaretrovirus Antibodies , Retroviridae
3.
Rev. bras. reumatol ; 39(2): 75-80, mar.-abr. 1999. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-308767

ABSTRACT

A esclerose sistêmica progressiva (ESP) é uma doença crônica caracterizada por vasculopatia disseminada e fibrose tecidual. O envolvimento intersticial pulmonar constitui uma de suas principais causas de morbimortalidade. Foram estudados 22 pacientes (20 mulheres, 2 homens) com ESP (14 com forma limitada, 8 com forma difusa) quanto à presença de fibrose pulmonar através de tomografia computadorizada (TC). Em 13 pacientes (59 por cento), fibrose pulmonar foi documentada tomograficamente. O RX de tórax foi normal em 6 destes 13 pacientes; nos outros 7 casos, as alterações tomográficas foram mais precoces e definidas do que as encontradas no RX de tórax. Em dois terços dos pacientes com fibrose pulmonar o espirograma simples foi alterado. A presença de estertores crepitantes bibasais constitui-se na anormalidade respiratória mais frequente nos pacientes com fibrose pulmonar. Variáveis como sexo, raça, presença de fatores antinucleares (FAN), padrões de FAN, tosse e dispnéia não foram estatisticamente distintos nos pacientes com ou sem fibrose pulmonar. A frequência de fibrose pulmonar nessa casuística de ESP foi intermediária, considerando-se os contrastantes dados de literatura. A TC foi claramente mais sensível do que o RX de tórax no diagnóstico de alterações fibróticas


Subject(s)
Humans , Male , Female , Scleroderma, Systemic/complications , Pulmonary Fibrosis , Tomography
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL